As últimas votações no Congresso super conservador, que impuseram derrotas ao governo fizeram o presidente Lula (PT) chamar uma reunião nesta segunda (3) com ministros de alguns deputados. O chefe do Executivo definiu como prioridades nesta semana a aprovação de pautas econômicas. Na Câmara, é pautar a Medida Provisória do programa Acredita, que amplia o acesso ao crédito a micro e pequenas empresas. No Senado, é a aprovação do Programa Mover, que incentiva a descarbonização da frota de veículos. Outra proposta pretende ampliar a captação de recursos para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Os temas foram debatidos com o ministro da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Alexandre Padilha; os líderes do governo no Congresso e secretários da Casa Civil e da Fazenda. Segundo o Planalto, o encontro deve ocorrer semanalmente para melhorar a articulação do governo. “Era um pedido nosso e que organiza a pauta semanal e mensal do Congresso. Reforça a atuação. É importante uma avaliação do presidente, é uma avaliação positiva em relação à pauta prioritária do governo”, explicou Padilha.
O ministro minimizou as derrotas recentes do governo, principalmente nas chamadas pautas de “costumes”. Disse que o Planalto tem “total noção realista” do perfil Congresso, de maioria conservadora, sabendo assim da dificuldade de fazer passar esse tipo de pauta. Mas conseguiu manter o veto ao “cronograma” de pagamento das emendas parlamentares. “Muito raro time ser campeão de pontos corridos sem ter algum tipo derrota. (…) Você não pode é perder o mata-mata. Não pode perder a final. (…) Nós não vamos perder o mata-mata. Não estamos sendo derrotados naquilo que é essencial para a recuperação econômica e para recomposição das políticas sociais do país”.
Outra prioridade, na área econômica, segundo Padilha, é aprovar a regulamentação da reforma tributária. O governo também deve apresentar o projeto para reoneração gradual da folha de pagamentos dos 17 setores e pequenos municípios, um acordo firmado entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). E tem o projeto que institui o programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover), com regras e incentivos para o setor automotivo.
com informações da Rede Brasil Atual
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