Para ampliar o apoio a sua campanha, o pré-candidato à Presidência Lula (PT) diz que está conversando com “muita gente” que participou do impeachment de Dilma Rousseff, em 2016. “Obviamente que eu não faço política parado no tempo e no espaço. Eu faço política vivendo o momento que estou vivendo”, afirmou.
Durante entrevista à Rádio Bandeirantes, nesta terça (31), o petista foi questionado sobre procurar partidos como o MDB, que tem em seus quadros Renan Calheiros, que apoiou o impeachment, mas hoje acena para apoiar Lula. “Eu agora estou conversando com muita gente que participou do golpe da Dilma, porque se eu não conversar, não faz política. Se eu não conversar, você não avança na relação política com o Congresso Nacional, com os partidos políticos”, disse.
ALCKMIN E LEGADO
Sobre Geraldo Alckmin (PSB), seu vice na chapa, a respeito do episódio, Lula disse que “não é verdade” que o ex-tucano tenha apoiado a cassação da ex-presidente. “O Geraldo não só era contra como pediu um parecer de um advogado que deu um parecer contra o impeachment”, enfatizou.
Em dezembro de 2015, o Estadão mostrou que o então governador Geraldo Alckmin disse que não era papel de governadores nem de prefeitos “sair para rua para fazer impeachment”, mas defendeu a abertura do processo de afastamento de Dilma e afirmou que o impeachment “não é um golpe”, mas que seria uma “questão traumática” para o País.
Na entrevista, Lula voltou a defender o cenário econômico que vigorou durante os anos em que esteve na Presidência. “É esse legado que quero defender na campanha. Não preciso ficar fazendo promessas. Eu só tenho que mostrar o que nós já fizemos”, destacou.
RESUMO DA ÓPERA – Lula construiu sua trajetória e se formou politicamente a partir do movimento sindical, uma escola de convivência política entre pensamentos diferentes que constrói consensos em torno de objetivos comuns. Sempre foi um conciliador, buscando ver os interesses maiores da sociedade em cada momento histórico e jamais fazendo política com mágoa ou rancor. Em um cenário preocupante e de grave crise, trouxe para ser o seu vice um ex-adversário. Mostra que resolver os problemas do Brasil está acima de divergências políticas pontuais e que quem pensa diferente pode se unir em torno de algo importante para o povo brasileiro.
Com informações da Agência Estado
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