Mais uma bela e justa homenagem para a baiana santa do Brasil, Dulce dos Pobres. O presidente Lula (PT) sancionou a Lei nº 14.584, que inscreve o nome de Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria. A publicação é guardada no Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves, em Brasília (DF).
É o reconhecimento dos atos de caridade feitos por Santa Dulce pela população carente através de obras sociais, acolhimento, gestos de empatia e solidariedade com as pessoas mais pobres de sua comunidade.
A honraria ressalta o exemplo de Irmã Dulce como referência além dos católicos e símbolo universal de amor e dedicação ao outro e de luta pela justiça social. “Essa notável mulher, brasileira e nordestina, mostrou ao País e ao mundo que é possível fazer muito com muito pouco”, indica o texto.
Conhecida em vida como Irmã Dulce, a freira faleceu aos 77 anos, foi canonizada pela Igreja Católica em 13 de 2019, pelo Papa Francisco, e recebeu o título de Santa Dulce dos Pobres.
HISTÓRIA
Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes nasceu em Salvador, Bahia, no dia 26 de maio de 1914. Aos 13 anos de idade, com o apoio de seu pai, transformou a residência da família num centro de atendimento à população carente. Depois, foi para a Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, em São Cristóvão (Sergipe). Aos 19 anos recebeu o hábito de freira das Irmãs Missionárias e passou a adotar o nome de Irmã Dulce, em homenagem à sua mãe.
Professora, Dulce teve como primeira missão ensinar crianças em colégio de sua congregação, em Salvador. Ai, surgiu a vocação para as causas sociais, quando passou a prestar assistência à comunidade pobre de Alagados e a participar da União Operária São Francisco.
Em 1937, fundou o Círculo Operário da Bahia, ao lado do Frei Hildebrando Kruthaup. Em 1939, inaugura o Colégio Santo Antônio, escola comunitária voltada para operários e filhos de operários. Dez anos depois, ocupa e transforma completamente um galinheiro ao lado do Convento Santo Antônio de Salvador para acolher 70 doentes. Esse espaço deu origem ao Hospital Santo Antônio, o maior da Bahia atualmente.
Em 1988 foi indicada para o Prêmio Nobel da Paz, contando com o apoio da Rainha Sílvia, da Suécia. Em 1980, o Papa João Paulo II, em sua primeira visita ao Brasil, pediu-lhe pessoalmente que mantivesse o seu trabalho com os pobres.
com informações do Bahia Notícias
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