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Lideranças negras ainda são minorias nas grandes empresas, diz pesquisa

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No Novembro Negro é sempre bom refletir sobre os desafios que a sociedade brasileira tem para garantir igualdade. Se mais oportunidades surgiram para profissionais negros no mercado de trabalho, dados de pesquisas realizadas mostram que esses espaços abertos ainda não tornam essas oportunidades igualitárias.

Estudo do IBGE de 2019 aponta que somente 30% dos cargos gerenciais no país são ocupados por pessoas negras. Em 2020, um levantamento do Vagas.com com 238.636 candidatos, sendo 125.745 negros, indicou que esse perfil só é maioria em posições operacionais (47,6%) e técnicas (11,4%). Em cargos de nível pleno, profissionais negros representavam 8,9% do total e na direção ocupavam 0,7% das posições. Já em 2021, em uma pesquisa do Instituto Guetto com 245 profissionais negros, apenas 15,5% deles afirmaram existirem profissionais negros trabalhando em cargos de dono ou sócio, vice-presidente ou diretor.

Referências negras em cargos de liderança é essencial, como no caso do executivo Maurício Rodrigues, presidente da divisão agrícola da Bayer na América Latina. Ele é engenheiro civil com especializações em finanças dentro e fora do país, e estruturou nos últimos anos a transição de CFO, cargo que ocupa desde 2018, para CEO, através de processos de avaliação de talentos e de sucessão na Bayer.

Em entrevista ao site Negócios Valor, o executivo falou sobre sua carreira e as questoes raciais em meios empresariais, “Esses processos me proporcionaram olhar para outras possibilidades na minha própria carreira que anos atrás eu não enxergava”, afirmou.

MERCADO CONSCIENTIZADO

Como CEO, Rodrigues tem o desafio de acelerar a transformação digital e a transição sustentável do negócio. Para ele, fomentar um ambiente inclusivo é chave para chegar lá.

“O desafio do mercado é ir além da conscientização, estabelecendo mais metas e trabalhando a interseccionalidade na esfera geral de diversidade. Essa maior visibilidade como CEO tem um papel importante, não apenas na minha representatividade como um líder negro, mas também na ampliação dos fóruns dos quais participo e, consequentemente, dos ambientes em que posso influenciar com o tema. Mas essa agenda precisa ser uma responsabilidade de todos os líderes”, enfatizou.

Com informações do BNews (foto: UOL)

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