Agora é lei. A mais tradicional religião de matriz africana, o Candomblé terá uma data especial. O presidente Lula (PT) sancionou, de acordo com o Diário Oficial da União desta sexta (6), a lei que institui o Dia Nacional das Tradições das Raízes de Matrizes Africanas e Nações do Candomblé. Será comemorado anualmente em 21 de março.
De iniciativa do deputado federal Vicentinho (PT-SP), a lei foi relatada na Câmara pelo deputado Paulo Paim (PT-RS). A data é em referência ao Dia Internacional Contra a Discriminação Racial.
O primeiro terreiro de candomblé do mundo, pelos registros oficiais, nasceu em Salvador. Trata-se do Ilê Axé Iyá Nassô Oká, também conhecido como Casa Branca, fundado por volta de 1830 no bairro da Barroquinha e hoje instalada no Engenho Velho da Federação.
HISTÓRIA
Segundo diversos estudiosos do Candomblé, a religião teria nascido de duas culturas diferentes oriundas do continente africano: a ritualística do povo fon (também conhecidos por “jejes”) e as divindades do povo iorubá (popularizados no Brasil como “nagôs”). Depois, com a popularização do Candomblé Ketu e de seus orixás entre os negros no século XIX, a religião ampliou para abrigar outras divindades, oriundas de outras regiões da África: os voduns, do candomblé jeje; e as inquices, do candomblé banto.
Somente em Salvador, há 2.230 terreiros registrados. Mas, há anos, os movimentos migratórios espalharam a religião por todo o Brasil, adicionando novas características no Rio de Janeiro, em São Paulo e principalmente no Recôncavo da Bahia, onde prospera o candomblé de caboclo.
com informações do Bahia Notícias
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