O conflito estabelecido entre PP e PT, após a fala de Jaques Wagner (PT), produziu movimentações do vice-governador João Leão, que se reuniu com a sua bancada na Assembleia para discutir os rumos do partido na sucessão estadual. Rumores apontam que o rompimento com os petistas será anunciado em breve.
Durante a conversa, os deputados estaduais do PP mantiveram o mesmo tom adotado pelos parlamentares federais da legenda: consideraram que Leão e o partido foram traídos e tratados com desprezo por Wagner. Assim, exigiram a saída da base governista.
Líderes governistas ouvidos pela coluna Satélite do Jornal Correio, disseram que o interesse do PT em se livrar de Leão seria o possível pano de fundo na crise com o PP. Ao romper o acordo fechado, Wagner deu o motivo perfeito para que o vice-governador deixe a base por decisão unilateral.
Sobrou para Rui Costa, que só concorre ao Senado se entregar o cargo a Leão. E caso permaneça no cargo, o seu vice pode renunciar e entrar na briga pelo Senado, até na chapa da oposição. O que respingaria em Otto Alencar (PSD) que quer se reeleger senador. Tudo isso produziu ainda uma migração em massa de prefeitos que abandonaram a aliança com o governo para apoiar ACM Neto (UB).
RESUMO DA ÓPERA – Tudo indica que o pedido de desculpas ao PP, feito em vídeo pelo senador Jaques Wagner, não surtiu efeito. Fato é que, na política, cada passo e cada fala precisam ser bem calculados, observando seus impactos e como afetarão os atores envolvidos em uma aliança. Parece que Wagner e o PT não calcularam bem, mesmo sabendo que o PP de Leão é o segundo partido com maior número de prefeituras: 92 cidades, e que prefeito é o maior cabo eleitoral do município.
Com informações do Bahia Econômica
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