Os principais adversários na disputa do governo baiano se apresentam como “novo” em suas campanhas. O ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (UNIÃO), e o ex-secretário de Educação da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), têm buscado demonstrar isso sempre que podem.
Neto teve que mudar o discurso que fazia quando o candidato petista era Jaques Wagner: Antes, dizia que ele representava o “futuro da Bahia” e que o senador do PT era uma figura do “passado”. Agora, tem dito que ele é um símbolo de “renovação” da política baiana. “Vocês precisam ver a disposição de Leão. Mas então, vai ser o quê? A experiência com a renovação. Vai ser a soma dos nossos esforços, e isso vai me permitir construir o trabalho para o futuro do nosso estado”, disse Neto durante evento em Boa Nova.
Jerônimo Rodrigues tem 57 e também se coloca como o novo. “Eu aprendi esse tempo todo caminhando com esses prefeitos, prefeitas, ex-prefeitos, senadores da República, governadores, militantes de movimentos, para quem é que a gente vive e faz a política. Belchior já diz, o novo sempre vem”, disse em referência a música do cantor e compositor cearense.
Candidato do presidente Jair Bolsonaro (PL), João Roma (PL), de 49 anos, tem dito que ACM Neto e Jerônimo representam a “mesmice”, e ele seria o novo. “Contra foto, não há argumento. Ela representa 32 anos de mesmice, de uma Bahia que não sai do lugar. O interesse do povo é sempre barrado na festa dos conchavos. Não dá para pensar a Bahia do Século XXI com práticas do Século XIX. Está na hora de virar essa página da história de elites que brindam a miséria dos baianos. A Bahia precisa seguir de mãos dadas com o Brasil”, disse, ao comentar uma foto em que estavam Neto e Jerônimo juntos.
RESUMO DA ÓPERA – Apesar de ter menos idade (43), ACM Neto tem mais estrada na política partidária institucional. Foi eleito pela primeira vez como deputado federal, em 2002, sendo reeleito nas eleições seguintes. Em 2012, foi eleito prefeito de Salvador, sendo reeleito em 2016. Como presidente do DEM, colocou três ministros no governo Bolsonaro, mesmo dizendo que não o apoia. Jerônimo foi professor e sempre atuou como gestor nos governos petistas (Ministério do Desenvolvimento Agrário na gestão de Dilma, e secretário de Desenvolvimento Rural e da Educação na Bahia). Por esse lado, o petista seria o novo na política. Mas, a questão não é só essa. É quem tem ideias inovadoras e, especilamente, voltadas para a parcela da população que mais precisa. E qual a história cada um tem, e ao lado de quem o candidato tem caminhado para tornar a sociedade melhor para todos. João Roma já começou com uma velha prática da política tradicional: traiu ACM Neto ao entrar no governo Bolsonaro, contrariando o seu padrinho político (uma prática do século XIX no século XXI). Não dá para a Bahia seguir de mãos dadas com o Brasil atual: isso é um atraso e vai levar os baianos para o precipício.
com informações do Metro1
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