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Jerônimo assina acordo para R$ 12 bilhões em refinaria de biodiesel

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Acompanhando o presidente Lula nos Emirados Árabes Unidos, o governador Jerônimo Rodrigues (PT) assinou, com Khaldoon Al Mubarak (CEO do Mubadala Investment Company), um memorando com um plano de investimentos entre o Governo da Bahia e a Acelen. Estão previstos investimentos de R$ 12 bilhões nos próximos dez anos, com a expectativa é produzir 1 bilhão de litros de combustíveis renováveis anuais.

“A Bahia também vai ter um compromisso de incentivos fiscais e de investimento em infraestrutura e logística. Estamos felizes em darmos mais esse passo para seguir com o desenvolvimento do estado. O memorando visa ainda geração de emprego e cuidado com o meio ambiente”, destacou o governador.

Um dos estados líderes na produção nacional de energias renováveis (eólica e solar), a partir desse investimento, a Bahia tem a perspectiva de se tornar, nos próximos anos, o maior exportador mundial do chamado “diesel verde” ou HVO (Hydrotreated Vegetable Oil).

A principal aposta será em diesel renovável e querosene de aviação sustentável, produzidos por meio do hidrotratamento de óleos vegetais e gordura animal. A previsão é que a empresa inicie a produção no primeiro trimestre de 2026.

Segundo o vice-presidente de Relações Institucionais da Acelen, Marcelo Lyra, o projeto envolve a agricultura familiar e a agricultura em larga escala, e vai gerar cerca de 17 mil empregos, diretamente. “Faremos estudos e pesquisas em inovação para desenvolvimento científico, trabalhando desde a semente da macaúba, para melhorando genético, passando pela mecanização da cultura, até o biorefino. Atuaremos junto com a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação, Senai Cimatec e uma série de entidades e universidades”, explicou.

FASES

Na primeira fase do projeto, serão usados óleo de soja e matérias-primas complementares. Na segunda etapa, serão usados óleo de Macaúba, árvore nativa do Brasil com alto potencial energético, e óleo do dendê. Está previsto o plantio em área de 200 mil hectares, priorizando terras degradadas, o equivalente a 280 mil campos de futebol.

A sustentabilidade também é uma característica do empreendimento, que foi desenhado com ampla descarbonização em toda a cadeia integrada, com o uso de planta nativa de alta energia e absorção de gás carbônico da atmosfera e recuperação de áreas degradadas. O projeto vai impulsionar a economia baiana, gerar empregos e transformar a realidade social, econômica e ambiental da região.

com informações do governo estadual

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