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Javier Milei “afina pescoço” e envia carta a Lula falando em “construção de laços”

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O até então “valentão” presidente eleito da Argentina, Javier Milei, recuou e “afinou o pescoço” em relação ao Brasil. O argentino enviou carta ao presidente Lula (PT) pedindo a presença do chefe de Estado brasileiro em sua posse, em 10 de dezembro. “Sei que o senhor conhece e valoriza plenamente o que significa esse momento de transição para a memória histórica da Argentina, seu povo, e naturalmente, para mim e minha equipe”, diz.

Na carta, Milei reconhece a importância da relação entre Brasil e Argentina e afirma querer “continuar compartilhando áreas complementares, em nivel de integração física, comercial e internacional. Em ambas nações temos muitos desafios pela frente e estou convencido de que uma troca nos campos econômico, social e cultural, baseada nos princípios da liberdade, nos posicionará como países competitivos em que seus cidadãos podem desenvolver ao máximo suas capacidades e, assim, escolher o futuro que desejam”.

Ao final, o novo presidente argentino diz que deseja que o trabalho de ambos os presidentes seja “frutífero” e fala em “construção de laços”.

AGRESSIVIDADE

Após a vitória de Milei, fontes do governo brasileiro afirmaram que Lula não estaria presente na cerimônia de posse. O ministro Paulo Pimenta (PT), da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, disse que o motivo seriam as ofensas que Milei já proferiu a Lula de “forma gratuita”. O presidente eleito chegou a chamar o líder brasileiro de “ladrão” e “corrupto”.

Lula publicou que ele não tinha que gostar e ser amigo de outros presidentes para ter relações diplomáticas. “Eu não tenho que gostar do presidente do Chile, da Argentina, da Venezuela. Ele não tem que ser meu amigo. Ele tem que ser presidente do país dele, eu tenho que ser presidente do meu país. Nós temos que ter política de Estado brasileira e ele do Estado dele. Nós temos que nos sentar na mesa, cada um defendendo os seus interesses. Não pode ter supremacia de um sobre o outro, a gente tem que chegar a um acordo. Essa é a arte da democracia. A gente tem que chegar a um acordo”, disse.

Importância da relação Brasil e Argentina

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