Em sua primeira reunião do ano, realizada pelo ZOOM nesta quarta (01/02), a Federação dos Comerciários da Bahia (FEC-BA) traçou como principal meta realizar iniciativas unitárias dos sindicatos filiados no estado. O encontro também debateu o início do governo Lula, encontros regionais, encontro do Jurídico e informes das categorias.

Presidente da entidade, o itabunense Jairo Araújo, destacou a importância dessa linha de ação. “É claro que cada sindicato tem suas questões e lutas específicas, por conta da realidade do comércio local. Mas, sempre existem temas que podem nos unificar em muitos momentos, como por exemplo a redução da jornada de trabalho, Dia dos Comerciários, domingos e feriados. A FEC vai orientar e mobilizar as entidades em torno de pautas comuns”, afirmou.

A presidenta do SintraSuper de Salvador e presidenta da CTB Bahia, Rosa de Souza, falou sobre a reunião de Lula com as centrais. “O encontro repercutiu no Brasil e no exterior e nós vimos o presidente entusiasmado com o movimento sindical. Ele valoriza o papel do sindicalismo para ajudar nas mudanças que pretende implementar. Lula pediu para realizarmos lutas que reforcem o governo, sem deixar de lado nossa autonomia. Ficou claro a importância da unidade das centrais e do movimento sindical, de reforçar comunicação e ter novas reuniões com ministérios do governo. O mais importante é que o seu governo quer manter o diálogo permanente com o movimento sindical. Cabe a nós contribuir na reconstrução do Brasil”, pontuou.

NAS REDES E NAS RUAS

Segundo o presidente dos Comerciários de Salvador, Renato Ezequiel, é importante o sindicalismo ter uma ação ainda mais ativa do que foi nos governos anteriores de Lula e Dilma. “Temos que mobilizar nossas categorias e ganhar às ruas para fazer valer nossos interesses nas mudanças”, destacou.

Diretor do SintraSuper, Evangelista Rios lembrou que o congresso atual é mais conservador e pode querer atrapalhar. “Será fundamental uma maior representatividade dos movimentos sociais nas ruas e nas redes, e ter foco em cada momento da luta”, enfatizou.

Sobre o tema, Jairo destacou que o governo Lula sinaliza para os movimentos sociais e o movimento sindical. “As centrais sindicais devem ter agenda permanente de negociações com o governo e mobilização de rua. Muitos trabalhadores estão pagando Imposto de Renda, por isso é importante corrigir a tabela. É um governo em disputa e nós precisamos estar bem ativos, inclusive para mudar pontos da reforma trabalhista”, frisou.

CAMPANHA UNIFICADA

No ponto que tratou da campanha salarial unificada, foi apresentada a proposta “Menos é Mais. 40 horas semanais – Vida digna pra quem ajuda o comércio”. A ideia é mostrar que reduzir a carga horária pode gerar mais empregos, mais saúde, mais renda e mais consumo nos comércios das cidades baianas.

O debate apontou para a necessidade de se vincular questões específicas da categoria comerciária com um tema geral. Além de se abordar outros temas, que saiam do campo econômico e trabalhista, como diversidade, por exemplo. Mas, sem esquecer que é importante trabalhar o engajamento dos trabalhadores nas campanhas e nas lutas. É essencial que nossos dirigentes respondam comentários e críticas nas redes, dialogando e debatendo polêmicas com os internautas.

AMERICANAS E ENCONTROS

Os dirigentes também discutiram a situação da Americanas. A principal definição foi que os sindicatos realizem manifestações no dia 03, quando haverá um grande ato das centrais na sede da empresa, no Rio de Janeiro.

Ao final, ficou decidido que a direção vai programar os encontros regionais e presenciais da FEC Bahia, bem como o seu encontro jurídico, que será virtual nesse primeiro momento.

Participaram, também, da reunião Edson Rodrigues, presidente do Sindicato dos Comerciários de Barreiras; Jurandir Roque, presidente do Sindicato dos Comerciários de Paulo Afonso; Rafael Sydartha, presidente do Sindicato dos Comerciários de Irecê; Fábio Cesar, presidente do Sindicato dos Comerciários de Juazeiro; Edvaldo Rodrigues, presidente do Sindicato dos Comerciários de Itaberaba; além dos dirigentes Evangelista Rios, Antônio Suzart e Taína de Jesus (SintraSuper), e Ailton Plínio (Comerciários de Salvador). Todos deram informes sobre as campanhas salariais em suas bases.