A categoria comerciária vai desenvolver lutas unificadas no estado em 2023. Essa foi a principal definição da reunião da Federação dos Comerciários da Bahia (FEC Bahia), segundo o seu presidente, o itabunense Jairo Araújo. Dirigentes da capital e do interior se encontrarm nesta terça (11), na sede do Sindicato dos Comerciários de Salvador, quando avaliaram o cenário político, a organização dos sindicatos e as campanhas salariais.
Na abertura do encontro, Jairo enfatizou o crescimento da extrema direita no Brasil, violenta e que tenta desestabilizar o novo governo de Lula. “Quando tem crise, crescem as ideias conservadoras, agora junto com o fanatismo religioso. Os atos do dia 9 revelam que os movimentos sociais vão jogar papel para deter as ações golpistas no País. Lula mostrou sagacidade ao construir uma frente ampla e cabe a nós traduzirmos ela com a unidade das forças políticas no movimento sindical. E a FEC dará sua contribuição com seus sindicatos filiados no setor do comércio”, afirmou.
O dirigente destacou que a FEC vai construir campanhas salariais unificadas no estado. “Temos realidades diferentes em cada cidade, mas vamos encontrar bandeiras e reivindiações comuns. Podemos construir pautas com cláusulas iguais para os diversos sindicatos. Hoje, questões como o pagamento do trabalho aos domingos e homologação nas entidades são um clamor em várias cidade. Além disso, podemos construir lutas unificadas para conquistar PLRs nas grandes redes, que atuam em bases nossas”, pontuou.
Presidenta da CTB Bahia e do SintraSuper de Salvador, Rosa de Souza afirmou que a Central apoiará as lutas dos comerciários no estado. “É sempre a maior categoria urbana nos municípios e de grande importância para o comércio baiano. A FEC e os sindicatos contarão com o apoio da CTB”, frisou.
DEBATES APONTAM CAMINHOS
Diretor financeiro dos Comerciários de Salvador e vice-presidente da FEC, Reginaldo Oliveira destacou a necessidade de se avaliar bem os cenários externo e interno, para planejar as ações. “Foi muito importante ver Lula unindo os três poderes contra os atos em Brasília e o discurso do ministro do Trabalho, Luiz Marinho, que aponta para mudanças importantes. Caberá ao movimento sindical atuar para que os avanços aconteçam”, enfatizou.
Para o presidente do Sindicato dos Comerciários de Barreiras, Edson Rodrigues, o desafio maior será garantir unidade e sabedoria dos sindicatos. “Esses atos violentos mostram que não será fácil o governo Lula implantar as mudanças importantes que precisamos”, destacou.
O tesoureiro do SintraSuper de Salvador, Antônio Suzart, lembrou que as eleições foram polarizadas e a vitória de Lula, apertada. “Foram quatro anos com o ex-presidente incentivando o ódio e o descrédito nas instituições. Tudo isso vai exigir mais dos sindicatos na mobilização das suas categorias”, disse.
A ampliação da visão dos trabalhadores sobre o momento atual e a disputa com a extrema direita foi defendida por Renato Ezequiel, presidente dos Comerciários de Salvador. “Precisamos lutar pelo fortalecimento financeiro e político dos sindicatos para desenvolver as lutas futuras e vencer esses desafios. O ato do dia 9 mostrou que isso é possível”, afirmou.
Segundo o presidente dos Comerciários de Itamaraju, Esdras Lima, é essencial os sindicatos retomarem o protagonismo nas lutas e reconquistar as homologações nas entidades e a ultratividade das convenções coletivas. Ailton Plínio, dirigente do sindicato de Salvador, falou da importância de se combater as fake news e observar o movimentos dos empresários no novo cenário.
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