Um relatório divulgado pela OIT (Organização Internacional do Trabalho), na segunda (12), mostra que cerca de 14,9 milhões de mulheres estão em casamentos forçados pelo mundo. Isso corresponde a 62% do total de 22 milhões de pessoas nesta situação. O levantamento realizado em 2021 faz parte das “Estimativas Globais de Escravidão Moderna”.
O número é, provavelmente, muito maior porquê não é possível, segundo a OIT, estimar a verdadeira incidência desses casamentos envolvendo crianças de 16 anos ou menos, além de que nesta conta não estão inclusos os dados referentes aos casamentos infantis.
Ainda de acordo com o estudo, mais de 85% dos casamentos forçados foram impulsionados pela pressão familiar e estão ligados a práticas patriarcais. A Ásia e o Pacífico concentram o maior número de pessoas nesta situação, cerca de 65%.
MAIS PROTEÇÃO SOCIAL
O casamento forçado viola várias convenções internacionais de direitos humanos, como a Declaração Universal dos Direitos Humanos e a Convenção sobre a Abolição da Escravidão, o Tráfico de Escravos e Instituições e Práticas Semelhantes à Escravidão.
Para acabar com a prática, a OIT recomenda estratégias para ampliar a proteção social e fortalecer as proteções legais, como o aumento da idade legal do casamento para 18 anos sem exceção. Além de uma definição internacionalmente sobre a proibição do casamento infantil, precoce e forçado. É hora de acabar com essas alianças “tipo assim” algemas.
com informações do UOL
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