Cidades emblemáticas na produção de cacau no Sul da Bahia, Ilhéus e Itabuna celebram o preço da arroba do produto. Desde 31 de outubro, o fechamento da cotação se mantém em R$ 300,00 para cada 15 quilos da commodity. É o preço mais alto registrado para o produto durante o ano. Em janeiro, o valor era R$ 200,00. O levantamento é da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura da Bahia (Seagri).

Esse feito é destaque internacional. Em Londres, a tonelada do cacau chegou a 3.416 libras esterlinas nesta quarta (8), segundo o site investing.com. É o valor mais alto desde o início da negociação de futuros dessa commodities, em 1920.

“Esse aumento no valor do cacau em 2023 pode ser atribuído ao crescente apetite da indústria de chocolate em escala global, prevendo mercados aquecidos em busca dos derivados da amêndoa. Também pode estar contribuindo a redução na produção das safras na África Ocidental. Esse cenário sublinha a importância da produção baiana de cacau”, explica Thiago Guedes, engenheiro agrônomo e diretor da Seagri.

CADEIA PRODUTIVA

A secretaria ressalta que a indústria do cacau está em constante evolução e sua cadeia joga papel importante no cenário econômico da Bahia. O estado possui área plantada de aproximadamente 439 mil hectares no sul da Bahia, sendo cerca de 60% cultivada no sistema Cabruca.

O setor do cacau gerou R$ 1,8 bilhão, equivalente a 5% do Valor Bruto da Produção (VBP) das lavouras da Bahia, ocupando a quinta posição entre todas as lavouras do estado em 2021. A Bahia abriga cerca de 72.000 estabelecimentos produtores, com 70% sendo propriedades da agricultura familiar.

PRÊMIO INTERNACIONAL

A qualidade fez cacau brasileiro participar da premiação mais importante do mundo para a cacauicultura, o Cocoa of Excellence. Três amostras estão entre as 50 melhores do mundo e a premiação, além de agregar valor ao nosso produto, incentiva uma produção com mais qualidade e eficiência.

com informações da Seagri