A Bahia começou o ano com uma boa notícia: as exportações atingiram US$ 835,2 milhões em janeiro, representando uma alta de 14,1%, em relação a janeiro do ano passado. Os números foram analisados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), a partir da base de dados da Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

Essa reação foi iniciada em dezembro de 2023, quando cresceu 6,8%, depois de nove meses de quedas. As importações somaram US$ 680,3 milhões, uma queda de 30,4% no comparativo anual. Assim, o saldo positivo da balança comercial do estado chegou a US$ 154,9 milhões, ante um déficit de US$ 246,1 milhões em janeiro/23,.

Com relação a dezembro de 2023, as exportações em janeiro mantiveram maior dinamismo, com vendas alavancadas, tanto por incremento da quantidade embarcada, que cresceu 4,5%, quanto via preços que também subiram em média 9,2%, em ritmo até superior ao registrado em dezembro que foi de 6,8%.

A maior contribuição veio da valorização dos derivados de petróleo cujas cotações estão aquecidas no mercado internacional (21%); do setor petroquímico, que se beneficia da esteira da valorização do petróleo (2,3%) e do algodão, cujos preços aumentaram 4,1%, todos no comparativo interanual. As exportações agropecuárias subiram 80,3% em janeiro (US$ 375,2 milhões) em relação ao mesmo mês do ano anterior devido ao grande incremento nos embarques de soja (177%), mesmo com uma queda de preços de 6%.

GRÃOS EM QUEDA

Há um ritmo aquecido nas exportações de commodities agrícolas: algodão com aumento de 125%; café e especiarias (57%); frutas (53%), mas com um quadro de declínio dos preços dos grãos, principalmente soja, milho e café. Segundo a SEI, esta é a maior incerteza em relação ao desempenho positivo das exportações estaduais, já que há uma redução prevista de 9,1% da safra de grãos, sendo esperada queda nos embarques de milho e em quantidade menor nas de soja.

A indústria extrativa teve crescimento nas vendas de 6,7%, mas na indústria de transformação houve recuo de 16,5%. Quanto às importações, houve redução de 30,4% por conta tanto na redução de preços médios (-22%), quanto no volume desembarcado (-11%).

com informações da SEI