Cerca de 1,7 milhão de famílias compostas por um único integrante, conhecidas como “unipessoais”, foram excluídas do rol de beneficiários do Bolsa Família ao longo de um ano. Isso por conta da revisão do Cadastro Único (CadÚnico) para o programa.
Segundo o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, a medida teve como objetivo corrigir irregularidades no cadastro e assegurar informações precisas, fundamentais para mais de 30 políticas sociais no Brasil.
Muitas irregularidades aconteceram devido à explosão no número de famílias unipessoais, colocando a situação do CadÚnico como uma “calamidade”. Houve um aumento de 220%, de dezembro de 2018 a dezembro de 2022, durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).
O governo federal destaca que a revisão não visa cortar benefícios, mas garantir a fidedignidade das informações. Após a regularização, aproximadamente 400 mil beneficiários continuam recebendo o Bolsa Família como dependentes em uma família maior.
De acordo com a secretária de Avaliação, Gestão da Informação e Cadastro Único, Letícia Bartholo, o processo de correção foi desafiador. “Enfrentando desinformação sobre as regras do programa e a necessidade de endurecer as normas para o cadastro de famílias unipessoais. O novo protocolo inclui a assinatura de um termo de responsabilidade, registro de cópia digitalizada dos documentos e visitas de agentes municipais para verificar a veracidade da situação de moradia”, explicou ao jornal Folha de São Paulo.
com informações da Revista Fórum
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