Com a chegada do inverno nesta quinta-feira (20), os baianos devem começar a tirar os casacos do armário. Embora os nordestinos não experimentem mudanças climáticas tão drásticas como as observadas no sul do país, onde geadas e temperaturas próximas de 0ºC são comuns, o estado da Bahia também sente os efeitos da nova estação. O calor cede espaço a temperaturas mais amenas, e as chuvas se tornam mais frequentes. Segundo a meteorologista Mary Diniz, do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), uma característica marcante desta época do ano é a maior influência dos ventos do sudoeste.

Em 2023, o inverno foi caracterizado por uma redução nas chuvas devido ao fenômeno El Niño. Este fenômeno é conhecido pelo aquecimento anormal e persistente da superfície do Oceano Pacífico, o que altera a umidade do ar, tornando-o mais seco e dificultando a formação de chuvas. A presença de El Niño impactou significativamente o clima, resultando em um inverno mais seco do que o habitual.

Este ano, no entanto, o fenômeno La Niña toma o lugar de El Niño, trazendo mudanças significativas ao clima. La Niña, que opera de forma praticamente oposta a El Niño, é caracterizado pelo resfriamento anormal das águas do Oceano Pacífico. Este fenômeno tende a aumentar a umidade do ar, facilitando a formação de nuvens e, consequentemente, elevando a frequência de chuvas. Assim, os baianos podem esperar um inverno com mais precipitações e temperaturas mais amenas em comparação ao ano anterior.