É comum as pessoas consumirem água e a polpa do coco, descartando o que sobra. Isso despertou as alunas do Colégio Estadual Mestre Môa do Katendê, Sandiele de Jesus e Leticia Souza, orientadas pela professora Rosa Virgínia, a criarem o vaso para plantas utilizando a fibra do coco verde.
A ideia surgiu após Sandiele observar as sobras do fruto no comércio onde seu pai comercializa o coco. “Meu pai tem um pequeno comércio onde vende coco verde e tudo começou quando me senti incomodada com a quantidade de cascas jogadas fora diariamente, o que fazia um acúmulo na lixeira e não tinha fim útil. Então, falei com a professora e chegamos à ideia de criar vasos. A partir disso começamos a desenvolver o projeto”, diz.
O primeiro passo para desenvolver o produto é macerar as cascas com um martelo e colocar de molho na água. Depois, separar a fibra úmida do tanino, que é a própria cola do coco que une as fibras, e deixar espalhada para secar. Após isso, é preciso fabricar uma cola sustentável usando polvilho, vinagre, água e aquecer no fogo para dar liga. A cola desenvolvida é combinada com as fibras secas e se transforma em uma massa. Essa mistura é aberta com rolo de macarrão e colocada em moldes de vasos para secar durante duas semanas.
Segundo Letícia Souza, o produto tem um grande custo-benefício, já que seu material principal é a casca do coco, que ia para o lixo. A mercadoria ainda ajuda a diminuir o uso de vaso de plástico, que demora anos para se decompor na natureza. “Os vasos de fibra podem substituir os vasos plásticos. O produto é mais acessível ao consumidor tanto no preço como na aparência, já que eles podem ser personalizados e o valor de produção é baixo”, destaca.
O projeto inovador faz parte do Programa Ciência na Escola, da Secretaria de Educação, e participou da 10ª Feira de Ciências, Empreendedorismo e Inovação da Bahia (Feciba), é desenvolvido de forma sustentável e o produto é biodegradável. “A nossa intenção é acabar com a grande quantidade de cascas de coco jogadas fora diariamente sem um fim útil. E, claro, diminuir os resíduos sólidos produzidos pelo descarte inadequado da casca do coco verde, que é consumido em grande escala na Bahia”, ressalta Sandiele.
com informações da SEC
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