A situação para os trabalhadores e grande parte da população brasileira segue piorando no País. É o que revela uma pesquisa da consultoria Tendências, mostrando que a renda das famílias para consumo é a menor desde 2005.
De cada R$ 100 do orçamento das famílias, sobram apenas R$ 41,22 para consumir, pagar dívidas e investir. Os dados mostram que a situação é ainda mais dramática para as classes D e E, que ganham até R$ 2,6 mil por mês e sofrem mais com o aumento dos preços. Para esse grupo, sobram apenas R$ 21,63 por mês.
É a realidade de Lorraine Alves, de 32 anos, que sobrevive com o Auxílio Emergencial de R$ 375. “A gente compra o básico: arroz e feijão. Quando sobra algum dinheiro, eu compro um suco de pacote, um leite, mas é muito difícil. O auxílio de R$ 1,2 mil me ajudava bastante. Quando mudou para R$ 375, piorou muito. O meu aluguel é de R$ 600. Tem mês que eu pago, mas depois fico devendo dois, três meses”, conta.
Segundo o levantamento, o orçamento tem sido pressionado pela combinação alta dos preços dos alimentos e aumento do valor dos combustíveis e da energia elétrica. A maior parte da renda vai para itens considerados essenciais: combustível, energia elétrica, transporte, entre outros.
INFLAÇÃO CRESCENTE
Em 12 meses encerrados em junho, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumula alta de 8,3%. Só a inflação de itens considerados essenciais chegou a 10,5%, segundo a Tendências. Os analistas têm piorado as projeções para a inflação de 2021. No relatório Focus, do Banco Central, os analistas consultados já projetam que o IPCA vai encerrar o ano em 6,56%. Acima, portanto, do teto da meta do governo de 5,25%.
Com informações do G1
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