Aos 19 anos, a indígena Bruna Titiá escolheu o Hospital Materno-Infantil Dr. Joaquim Sampaio (HMIJS), em Ilhéus, para o nascimento de sua filha Lizzy Titiá. Estudante do 5º semestre de Ciências Sociais da UESC, ela é moradora da Aldeia Caramuru Paraguaçu, comunidade com aproximadamente 5 mil habitantes na zona rural de Pau Brasil.

Segundo Bruna, a escolha se deu por dois motivos: a unidade é a única da Bahia habilitada pelo Ministério da Saúde para atendimento especializado aos povos indígenas. E pelos elogios que ouviu sobre o atendimento que receberia. “E isso tudo eu confirmei aqui”, resume. Ela chegou à Emergência Obstétrica na tarde do dia 16 de abril. Às 19h30min, Lizzy nasceu. “Comecei o trabalho de parto no chuveiro, acompanhada por minha mãe e pelas enfermeiras obstetras. Depois a dor arrochou e eu vim pra cama, onde pari”, relata.

Referência no atendimento aos povos indígenas, o hospital trouxe uma nova realidade para as gestantes das etnias Pataxó, Tupinambá e Pataxó Hã-há-hãe. Até o final de março, 392 bebês indígenas tinham nascido na unidade. Quase 4 mil atendimentos já foram realizados.

100% SUS DA REGIÃO

O Hospital Materno-Infantil busca a melhoria no acesso dessas populações ao serviço especializado; adequação da ambiência de acordo com as especificidades culturais; ajuste de dietas considerando os hábitos alimentares de cada etnia; o acolhimento e humanização das práticas e processos de trabalho dos profissionais e demais usuários do SUS.

Está estabelecido que o hospital passa a ser referência no processo multiplicador para a implantação do IAE-PI nos demais unidades hospitalares da Bahia. A unidade é a primeira maternidade 100% SUS da região Sul do estado. Possui 105 leitos para obstetrícia, partos normal e de alto risco, pediatria clínica, UTIs pediátrica e Neonatal. Já ultrapassou a marca de 10 mil bebês nascidos na unidade.

com informações da Secom-BA