Com tantos crimes cometidos durante sua passagem como presidente do Brasil, o ex-presidente Jair Bolsonaro foi condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que formou maioria e tornou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) inelegível por oito anos (até 2030). Ele foi julgado por abuso de poder e uso da estrutura do Estado para fins privados ao convocar uma reunião com embaixadores para atacar o sistema eleitoral.
Em seu voto, o ministro e presidente da Corte eleitoral, Alexandre de Moraes, classificou o encontro com os embaixadores como algo “totalmente eleitoreiro” e com o objetivo de “instigar o seu eleitorado contra o sistema eleitoral do Brasil”. O magistrado fez questão de ressaltar que “liberdade de expressão não é liberdade de agressão, ataque à democracia, liberdade de expressão não é ataque ao poder judiciário, principalmente por um presidente da República candidato à reeleição”.
A vice-presidenta do TSE, ministra Cármen Lúcia, abriu seu voto logo na 4ª sessão da corte e disse que acompanha o relator, votando pela condenação de Jair Bolsonaro (PL). “De pronto, com todas as vênias ao eminente ministro Raul Araújo, estou anunciando aos vossos ministro que estou acompanhando o ministro relator pela parcial procedência, com a aplicação da sanção de inelegibilidade ao primeiro investigado, Jair Messias Bolsonaro, e declarando improcedente o pedido em relação ao segundo investigado, Walter Souza Braga Netto”, disse no início da explanação.
Cármen Lúcia foi dura com Bolsonaro, dizendo que ele tinha “consciência de perverter” e colocou em risco o processo eleitoral. Votaram, também, pela condenação, o relator Benedito Gonçalves e os ministros Floriano de Azevedo Marques e André Tavares. Raul Araújo votou contra.
PLACAR E MAIS PROCESSOS
Mesmo que Kássio Nunes Marques, peça vistas, Alexandre de Moraes, presidente da corte, deve abrir seu voto também pela inelegibilidade do ex-presidente, que teria 5 dos 7 votos pela sua condenação.
Após a tramitação do primeiro dos 16 processos na corte eleitoral, Bolsonaro vai enfrentar dezenas de processos na esfera criminal, entre eles o da falsificação da carteira de vacinação, que fez com que Mauro Cid e seus ex-assessores fossem presos.
com informações da Revista Fórum
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