Servidores públicos beneficiários do Planserv estão sofrendo com a rejeição de hospitais na capital em realizar cirurgias. É o caso de Elisa Lima, de 29 anos e moradora de Riachão do Jacuípe. Há mais de um mês, ela tenta marcar uma cirurgia para o filho Lorenzo, de 3 anos, que está com a maior parte das narinas obstruídas e há indicação médica para a remoção das adenoides, procedimento que faz parte da cobertura da Assistência à Saúde dos Servidores Públicos Estaduais (Planserv).

“Liguei para o hospital Santa Izabel e eles informaram que não estão realizando o procedimento pelo Planserv. Tive uma consulta no Hospital Português e a médica disse que também não fazem, só se for no particular”, relata Eliza. Ela diz que os médicos que atenderam o menino alegam que não realizam a cirurgia pelo convênio médico porque os valores não são devidamente repassados para os hospitais e profissionais.

Em nota, o Santa Izabel informou que não suspendeu o atendimento e que não possui cota para o Planserv. A unidade reforçou que não há restrições em receber pacientes graves nem vítimas de traumas na emergência. “Fizemos sucessivas ampliações de leitos e atuamos com equipe multiprofissional completa, mesmo assim, em determinados momentos, estamos tendo que restringir o acolhimento no pronto atendimento, pois a alta demanda por nossos serviços tem ocupado toda a nossa capacidade instalada. Nesta situação preservamos o socorro à vida dos pacientes mais graves”, pontua.

O Português foi questionado por e-mail enviado à assessoria de imprensa, sobre a suposta recusa, mas não respondeu a reportagem. O Planserv foi procurado por e-mails e ligações, mas não se manifestou. A Saeb também foi questionada, mas não se manifestou sobre a denúncia.

com informações do Correio24h