Durante entrevista, nesta segunda (17), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que negocia com as instituições financeiras uma redução da taxa de juros cobrada nas operações com o cartão de crédito rotativo, a linha de crédito mais cara do mercado.

“O desenho [do crédito do cartão rotativo] está prejudicando muito a população de baixa renda. Uma boa parte do que pessoal que está no Serasa hoje é por conta do cartão de crédito. Não só, mas é também por cartão de crédito. E as pessoas não conseguem sair do rotativo. É preciso encontrar um caminho negociado como fizemos com a redução do consignado dos aposentados”, declarou Haddad a jornalistas.

Segundo o ministro, essa é uma das 14 medidas do pacote para destravar o crédito bancário que será anunciado nas próximas semanas pelo governo brasileiro. Ele confirmou que isso será um dos temas a ser discutido em reunião com representantes da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), em Brasília.

O Banco Central informa que a taxa média de juros cobrada pelos bancos nas operações com cartão de crédito rotativo somou 417,4% ao ano em fevereiro. Esse alto patamar reforça o endividamento das famílias, limita a capacidade de consumo da população e cresce a inadimplência.

RESUMO DA ÓPERA – Além de proteger quem precisa usar o cartão para comprar, a proposta do governo Lula vai na direção fazer o consumo se expandir, o que fortalece o nosso mercado interno. É sempre importante lembrar que o consumo das famílias responde por 65% do PIB brasileiro.

com informações do g1