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Hacker cita Zambelli e Bolsonaro no caso da invasão de urnas eletrônicas

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Em seu depoimento, após ser preso, o “hacker de Araraquara” Walter Delgatti Neto disse à Polícia Federal (PF) que a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) lhe pediu que invadisse o sistema das urnas eletrônicas e que o então presidente Jair Bolsonaro (PL) lhe perguntou, no residência oficial da Presidência, se seria possível invadir as urnas.

Segundo Delgatti, Bolsonaro não teve relação com o acesso ilegal ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Trecho do inquérito da PF diz que “apenas pode afirmar que a deputada esteve envolvida nos atos do declarante, sendo que o declarante, conforme saiu em reportagem, encontrou o ex-Presidente Jair Bolsonaro no Palácio do Alvorada, tendo o mesmo lhe perguntado se o declarante, munido do código fonte, conseguiria invadir a Urna Eletrônica, mas isso não foi adiante, pois o acesso que foi dado pelo TSE foi apenas na sede do Tribunal, e o declarante não poderia ir até lá, sendo que tudo que foi colocado no Relatório das Forças Armadas foi com base em explicações do declarante”.

PAGO POR ASSESSORES DA DEPUTADA

Além da invasão do sistema do CNJ, Walter Delgatti é acusado de ações criminosas no sistema do Banco Nacional de Monitoramento de Prisões. A PF disse que o hacker recebeu ao menos R$ 13,5 mil de assessores de Zambelli, Renan Goulart (R$ 10,5 mil) e Jean Guimarães Vilela (R$ 3 mil).

De acordo ainda com a Polícia Federal, “os crimes apurados ocorreram entre os dias 4 e 6 de janeiro de 2023, quando teriam sido inseridos no sistema do CNJ e, possivelmente, de outros tribunais do Brasil, 11 alvarás de soltura de indivíduos presos por motivos diversos e um mandado de prisão falso em desfavor do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes”.

“SURPRESA”

Carla Zambelli divulgou nota se dizendo “surpresa”, já que seu advogado, Daniel Bialski, colocou-se “à disposição para prestar todas informações necessárias e em nenhum momento a parlamentar deixou de cooperar com as autoridades”.

A deputada disse respeitar a decisão judicial que permitiu a operação, mas refuta “a suspeita de que tenha participado de qualquer ato ilícito”. “Por fim, a deputada Carla Zambelli aguardará, com tranquilidade, o desfecho das investigações e a demonstração de sua inocência”, afirmou na nota.

com informações da Rede Brasil Atual

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