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Grupo ligado à Agência Brasileira de Inteligência segue jornalistas no Twitter

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Em tempos de polêmica sobre liberdade de expressão e censura, causou estranheza um perfil da União dos Profissionais de Inteligência de Estado da Abin (Intelis) nas redes sociais começar, no sábado (23), seguir contas de políticos, jornalistas e influenciadores no Twitter.

Pelo misto de desconfiança e humor sobre o novo “seguidor”, a Intelis então reagiu, também com bom humor: “Se começarmos a lhe seguir, não se assuste!”, dizia o tuíte, que explicava o motivo de o perfil passar a seguir profissionais de imprensa, parlamentares e figuras com certa influência na rede social.

Segundo a publicação da entidade que representa os profissionais da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), a medida é o “primeiro passo para dialogar com a sociedade” sobre o trabalho do serviço de inteligência no Brasil. “Com nossa participação nas mídias sociais, queremos desmistificar a Atividade de Inteligência de Estado, debater o que se pode ou não se pode fazer no regime democrático e apresentar propostas de reforma da atividade para torná-la mais efetiva, transparente e reconhecida”, afirmou a Intelis no post.

Mas, algumas pessoas estranharam a atitude do perfil ligado ao principal órgão do Sistema Brasileiro de Inteligência, a Abin. “Os arapongas vão começar a vigiar a intelectualidade e artistas. É a volta do SNI”, disse um internauta lembrando o antigo Serviço Nacional de Informações (SNI), criado na Ditadura Militar no Brasil e um dos principais órgãos de repressão do regime.

INDEPENDENTE

Ao portal Metrópoles, a Intelis informou que é uma associação sem fins lucrativos, “independente da Abin, de sua Direção Geral, do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e do governo”. Disse ainda que a atuação nas redes sociais é uma demanda de servidores da Abin, que enxergam a falta de diálogo com a sociedade algo que prejudica a atividade de inteligência. Sobre a escolha do perfil de usuários seguidos na rede, a Intelis nega a preferência por perfis de determinados posicionamentos políticos.

Em nota ao portal, a Abin reconheceu como legítima a atividade da Intelis na rede social e afirmou que “cabe à direção da própria associação de servidores a gestão de sua comunicação, incluindo o segmento de redes sociais. Não há qualquer ingerência ou interferência da Abin nos canais de comunicação da Intelis”.

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