A Argentina amanheceu parada nesta quarta (24) com a greve geral convocada pela CGT (central sindical) e os sindicatos, contra as medidas perversas implantadas pelo novo presidente, Javier Milei. A paralisação conta com apoio de vários governadores e de amplas forças sociais e políticas.
Segundo os sindicalistas argentinos, o governo adota autoritarismo político e uma política ultraliberal que penaliza, principalmente, trabalhadores e a população mais vulnerável. Por isso, a greve quer pressionar Câmara dos Deputados e o Senado para derrotar duas medidas de Milei: o Decreto DNU 70/2023 e a chamada “Lei ônibus”.
O decreto cria um estado de “Emergência Pública” durante 2024, período no qual o presidente tem o caminho livre para promover um severo ajuste fiscal de 5% do PIB. A “Lei ônibus”, pela amplitude e radicalidade dos seus 600 artigos, pretende promover uma mudança radical no sistema político, econômico e social da Argentina. Ela transfere poderes absolutos para o presidente, liquidando, na prática, com a Constituição e afastando o Congresso de decisões fundamentais do país.
Mesmo com o argumento de querer “salvar o país”, Javier Milei e suas medidas enfrentam resistência, da sociedade e do Poder Judiciário.
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