As universidades federais perderão R$ 220 milhões do orçamento discriminado, segundo a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes).
O orçamento discriminado é aquele na qual o governo federal consegue cortar porque não são gastos obrigatórios (como salários e aposentadorias). Entretanto, é com essa verba que as instituições pagam contas de água, luz, segurança e manutenção, além de investimentos em pesquisa, bolsas e auxílios a estudantes carentes.
“O MEC informou que metade dos 7,2% ainda bloqueados, o equivalente à 3,2% do orçamento discricionário, será remanejada para outros órgãos para pagamento de despesas obrigatórias, representando uma perda grande em nossos orçamentos”, informou a Andifes.
Em nota, o presidente da associação, o reitor da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Marcus Vinicius David, afirmou que isso aprofunda a crise nas instituições. “A situação que já era bastante preocupante, agora se torna insustentável. A Andifes trabalha para a reversão total do bloqueio, e vai agora redobrar esforços para obter a recomposição do valor cortado e o desbloqueio do valor ainda bloqueado, sem os quais fica inviável para as universidades manterem seus compromissos e atividades neste ano”, afirmou David.
O ministro da Educação, Victor Godoy Veiga, informou que o bloqueio do orçamento na pasta, definido pelo governo há duas semanas, havia sido cortado pela metade. Com isso, o índice de 14,5% tinha caído para 7,2%.
com informações do iG
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