Várias categorias dos servidores públicos federais reúnem-se, nesta quarta (29), para discutir maneiras de pressionar o governo Bolsonaro por reajuste salarial para todos, e não só para os policiais federais. Entidades do funcionalismo estudam a realização de uma greve geral unificada e a paralisação conjunta de um ou dois dias.
Tudo porque o Congresso Nacional aprovou o Orçamento da União 2022 prevendo R$ 1,7 bilhão para reajuste dos salários de policiais federais. O que incomodou as demais carreiras do funcionalismo federal.
Em comunicado oficial, o Fórum dos Servidores Federais (Fonasefe) informou ser possível que uma paralisação geral comece em breve. “Ela pode se iniciar antes da data do retorno do recesso parlamentar, em 2 de fevereiro de 2022”, diz o texto.
AÇÃO NA JUSTIÇA
Fato é que servidores da Receita Federal já estão de braços cruzados, após 738 profissionais em postos de chefia abrirem mão de cargos comissionados. A classe protesta contra os cortes no orçamento da Receita.
Auditores federais agropecuários, vinculados ao Ministério da Agricultura, adotaram a operação-padrão na última segunda (27). A categoria é responsável por inspecionar produtos agropecuários, como alimentos, em portos e aeroportos, e reivindica correção salarial e realização de concurso público para reposição do quadro de servidores.
O reajuste para policiais também teve críticas de servidores do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), do Banco Central (BC), entre outros. Caso a negociação não avance, categorias já estudam recorrer à Justiça para que o reajuste seja linear.
Paulo Guedes já sinalizou que mudanças nas folhas de pagamento de diversas categorias do funcionalismo poderiam impactar a economia do país. A quebra de braço deve entrar forte no ano novo.
Com informações do Metrópoles
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