Pessoas que receberam imunização heteróloga contra a Covid-19, ou seja, doses de marcas diferentes, têm relatado dificuldade para emitir o certificado de vacinação no ConecteSUS, aplicativo do Ministério da Saúde. Embora o protocolo federal preveja essa mistura de imunizantes, a Pasta admite não fornecer o certificado a quem tomou doses de marcas distintas. O governo não explica o motivo da decisão.
Além de possibilitar viagens ao exterior, a comprovação da vacinação tem se tornado rotina nas cidades brasileiras, que adotam diferentes modelos de passaporte sanitário. Ao menos 249 municípios criaram regras do tipo, recorrendo também ao certificado do ConecteSUS.
O documento teria de ser oferecido a quem recebeu AstraZeneca e Pfizer, já que a prática é recomendada por especialistas e está prevista em norma federal.
Mas não é isso que ocorre. Em nota, a Pasta informou que o certificado do ConecteSUS é dado a quem concluiu o esquema vacinal com duas doses ou dose única. No entanto, acrescentou que “para quem concluiu o esquema vacinal com doses de vacinas diferentes [intercambialidade das vacinas contra a Covid-19] não é permitido a emissão do certificado de vacinação” pelo aplicativo.
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