DestaquesEconomiaPolítica

Governo muda regra dos biocombustíveis e fortalece a agricultura familiar

0
imagem: Agrotécnico

Para garantir que metade das compras dos produtos que produzem biocombustíveis tenha como origem a agricultura familiar, o governo Lula (PT) atualizará as regras do Selo Biocombustível Social. A primeira mudança é a nacionalização da produção, em especial para os estados das Regiões Norte e Nordeste, incluindo também áreas do semiárido, como o Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais.

Segundo o Ministério de Minas e Energia (MME), o novo texto traz mais transparência e fortalece os requisitos necessários à concessão e manutenção do instrumento pelos produtores do biocombustível. Além disso, aproveita a vocação das agriculturas locais, “melhorando a renda e a qualidade de vida do agricultor familiar em regiões vulneráveis.”

Entre as medidas de estímulo à produção nacional está a antecipação da mistura de biodiesel aos combustíveis fósseis para 14% a partir de abril, e 15% entre 2025 e 2026. Com o aumento, o ministério projeta um crescimento de 3,05 milhões de toneladas no processamento de soja para a produção de biodiesel, impactando a demanda para pequenos agricultores.

Também estão previstos incentivos fiscais a quem produzir biocombustível e o decreto viabilizará investimentos para o agronegócio e setor de combustíveis brasileiro. “Em 2024 serão 740 milhões, e em 2025, R$ 1,6 bilhão”, disse o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

DIVERSIFICAÇÃO

O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, disse que o governo quer diversificar os produtos que podem ser usados para a obtenção de biodiesel, combustível que pode ser derivado de sementes de mamona, bem como de milho, soja, girassol, cana e babaçu. O leque de opções pode incluir, por exemplo, a macaúba, palmeira abundante na Região Nordeste.

Segundo a diretora de Inovação para a Produção Familiar e Transição Agroecológica do MDA, Vivian Libório de Almeida, o percentual de compras nas Regiões Norte, Nordeste e no Semiárido aumentará de forma escalonada até chegar a 20% do total.

Paulo Teixeira afirmou ainda que o governo estuda também formas de baratear o custo da energia utilizada para irrigar as lavouras. “A energia fotovoltaica pode reduzir o preço da energia. Precisamos pensar em modicidade tarifária”, explicou.

com informações da Agência Brasil

Compartilhe no WhatsApp

FICC e Polícia Militar planejam operação para Lavagem do Beco em Itabuna

Previous article

Jairo Araújo destaca força dos movimentos sociais na Festa do Bonfim

Next article

You may also like

Comments

Leave a reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *