Uma iniciativa importante do governo Lula foi anunciada, nesta quinta (29) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e os ministérios da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário: a retomada da política de formação de estoques públicos de grãos.
“Nossa previsão é de uma safra recorde. A Conab, a maior empresa [do tipo] da América Latina, vinha de uma conjuntura que apontava para a desmobilização das políticas públicas. Nós estávamos com a capacidade de armazenamento defasada. A Conab deixou de fazer estoques públicos, e não por acaso a inflação dos alimentos é o dobro da inflação geral. Queremos comprar milho para dar segurança e estabilidade ao produtor”, disse o diretor-presidente da Conab, Edegar Pretto.
Ele afirmou que em 2012 a Conab tinha um milhão de toneladas de arroz, mas, atualmente, há apenas mil toneladas. Inicialmente, devem ser adquiridas 500 mil toneladas de milho, com investimento previsto de R$ 400 milhões. “Há previsão de que uma outra compra pode ocorrer até o final do ano, não necessariamente do mesmo grão. As aquisições dependem também, da expansão da infraestrutura da Conab. Temos que comprar na medida em que pudermos guardar”, explicou Pretto.
PRODUTOR E DO CONSUMIDOR
A política de estoques funciona com a Conab adquirindo grãos quando estão baratos e os vende quando seu preço está aumentando. Os detalhes explicam que funções a política pública pretende atingir. “A Conab tem um papel fundamental nas políticas públicas deste país. Não existe política pública [agrícola] sem empresa pública que de apoio. Não se trata de intervenção no mercado, mas de estratégia, de segurança nacional e estabilidade alimentar. O governo passado insistia em destruir políticas públicas. Cabe a nós provar a utilidade da Companhia. Em um momento cuida do produtor, no outro, do consumidor”, explicou o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro.
Para o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, “um país soberano tem que ter soberania alimentar, a capacidade de alimentar seu povo. Se a política do governo passado fosse correta, não haveria 30 milhões de pessoas com insegurança alimentar grave”. Ele anunciou ainda que pretende que o governo inclua a expansão dos armazéns da Conab no chamado PAC-3. Desde 2016, a Conab perdeu mais de 20 unidades de armazenamento, que são complexos de armazéns.
com informações do Brasil de Fato
Compartilhe no WhatsApp
Comments