Na primeira rodada de negociações da Mesa Nacional de Negociação Permanente, nesta sexta (17), o Ministério da Gestão e da Inovação (MGI) propôs um reajuste linear de 7,8% a servidores federais, além de R$ 200 a mais no vale-alimentação, a partir de março. A mesa foi instalada na semana passada com o objetivo de mediar as relações entre entidades sindicais e governo.
Por não receber reajuste há seis anos, a categoria acumula perdas de 27%, medidas pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O governo propôs ainda reajuste de 43,6% no Auxílio Alimentação, com o valor passando de R$ 458 para R$ 658.
“Além do reajuste salarial, que é do interesse de todos os servidores, a proposta do governo se concentra também no auxílio-alimentação devido características desse benefício, sua defasagem e congelamento desde 2016, e ao impacto positivo sobretudo para os servidores federais com os salários mais baixos”, destacou secretário de Gestão de Pessoas e Relações de Trabalho do MGI, Sérgio Mendonça.
O secretário falou sobre o aumento no auxílio-alimentação com exemplos: “um aumento de duzentos reais no auxílio-alimentação corresponde a 2% do salário de um servidor que ganha dez mil reais, mas corresponde a 5% para os que ganham 4 mil reais ou a 10% de um que recebe dois mil”. A não tributação do auxílio-alimentação foi outro ponto levado em consideração, isto é, o acréscimo corresponde a um aumento líquido.
“Entendemos que a questão de um reajuste justo para os servidores públicos em um contexto de restrição de receitas é complexa. Por isso, saudamos a vontade manifesta pelo governo em abrir esse diálogo permanente e entendemos que as soluções serão construídas coletivamente, sobretudo com um olhar às diversidades – das pessoas e das carreiras que compõem o serviço público”, disse Elizabeth Hernandes, vice-presidente da Associação Nacional dos Especialistas em Políticas Públicas e Gestão Governamental (ANESP).
com informações do iG
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