Ontem, no Dia Internacional da Mulher, o presidente Jair Bolsonaro (PL) assinou decretos que instituem programas voltados para a mulher. O primeiro, lançou o Brasil para Elas, uma iniciativa do Ministério da Economia para incentivar o empreendedorismo feminino no país. O projeto inclui um conjunto de medidas voltadas para a criação e ampliação de negócios controlados por mulheres e a oferta de crédito para o empreendedorismo feminino.
Saúde Menstrual
O objetivo é combater a falta de acesso a produtos de higiene no período da menstruação e promover a inclusão das mulheres em ações e programas de proteção à saúde menstrual. JB mudou de ideia. Em outubro de 2021, o presidente sancionou a lei que criou o Programa de Proteção e Promoção da Saúde Menstrual, porém havia vetado o Artigo 1º, que previa a distribuição gratuita de absorventes higiênicos.
Mulheres grávidas
O programa Mães do Brasil pretende estimular a integração de políticas públicas para garantir os direitos da gestante e da criança, além de estimular a inserção e a reinserção das mães no mercado de trabalho.
Gerou polêmica. Ao lançar o programa, Jair afirmou que, no tempo dele, “ou a mulher era professora ou dona de casa”. Em seguida, disse que “hoje em dia, as mulheres são praticamente integradas à sociedade”. A declaração deu o que falar.
RESUMO DA ÓPERA – As “boas intenções” se contradizem com as atitudes do governo e do presidente. Desde as eleições de 2018, Bolsonaro mostra-se contrário às leis na direção da equidade de gênero no mercado de trabalho. Em abril de 2017, afirmou que teve uma filha após ter tido quatro filhos porque deu “uma fraquejada”. É obrigação de todo governo promover políticas públicas para mulheres e minorias, mas o governo Bolsonaro não usou 1/3 dos recursos para políticas para mulheres desde 2019 e os investimentos para o combate à violência contra a mulher feitos pelo Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos atingiram o patamar mais baixo durante o governo atual. Ano passado, ele vetou o projeto pela saúde menstrual da deputada federal Marília Arraes (PT-PE). O presidente e seus filhos até viraram alvos de ações na Justiça por declarações machistas e misóginas. Quando deputado, Bolsonaro afirmou que a deputada Maria do Rosário (PT-RS) “não merecia ser estuprada”. Em outro episódio, ele usou de ironia para responder às denúncias feitas pela jornalista Patrícia Campos Mello, sobre possíveis irregularidades na sua campanha eleitoral. O presidente afirmou que a profissional “queria dar o furo”. Vamos ver se essas boas intenções serão executadas por um governo que se mostrou misógino, machista e sexista até agora. A rejeição entre o eleitorado feminino segue como um dos desafios na sua campanha. Estaria Bolsonaro realmente preocupado com as mulheres ou de olho na sua reeleição?
Com informação The News
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