O governo Bolsonaro terá 30 dias para dar informações detalhadas sobre todos os gastos realizados entre 2019 e 2021 com os cartões corporativos, incluindo nome/CPF do portador, responsável por autorizar o gasto, nome/CNPJ do favorecido, e valor pago. A decisão foi aprovada nesta terça (22) pela Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor (CTFC) do Senado.
Encaminhado à Secretaria-Geral da Presidência e de autoria do senador Fabiano Contarato (PT-ES), o requerimento foi motivado pelo fato do governo Bolsonaro ter torrado nesse período, segundo levantamento do jornal O Globo, aproximadamente, R$ 30 milhões. O valor é 19% maior que a quantidade total gasta nos 4 anos anteriores, durante os governos de Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB).
Segundo a Constituição, Luiz Eduardo Ramos (titular da Secretaria Geral) deve responder ao requerimento, senão fica sujeito a denúncia por crime de responsabilidade. Os detalhes destes gastos são classificados pelo governo Bolsonaro como “informações sigilosas”, o que para o senador Fabiano Contarato gera suspeitas.
“A atual gestão utiliza os cartões corporativos de modo indiscriminado e com pouca responsabilidade fiscal, o que contrasta com a grave situação em que vivem as contas públicas do governo federal. Enquanto se cortam gastos para a proteção do meio ambiente e do patrimônio histórico-cultural do país e para políticas sociais destinadas à camada mais pobre da sociedade, os gastos com cartão corporativo só aumentam”, afirmou Contarato.
Quem também questiona a prática do atual governo é o senador Reguffe (Podemos-DF). “Desde que cheguei nesta Casa, defendo que eles não sejam secretos. A população tem o direito de saber como é gasto cada centavo desse dinheiro. São impostos da sociedade brasileira. Todos esses gastos precisam ser detalhados e de conhecimento público”, defendeu.
Com informações da Revista Fórum
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