Além de um artista reconhecido mundialmente, o baiano Gilberto Gil tem uma trajetória de ativismo político, sempre colocando suas opiniões sobre o seu País. Em turnê pela Europa, o cantor tem feito críticas ao presidente Jair Bolsonaro em entrevistas.
“O mundo perdeu admiração pelo Brasil, mas também perdeu admiração por si próprio. Nós hoje carecemos de uma alegria de viver no mundo inteiro, de um desejo auspicioso de renovação da vida, para superarmos este momento de retrocesso”, declarou o cantor aos professores Guilherme Casarões, coordenador do Observatório da Extrema Direita e professor da Fundação Getúlio Vargas, e Dawisson Belém-Lopes, da Universidade Federal de Minas Gerais.
Gil relembrou quando foi ministro da Cultura do governo Lula e quando se apresentou em uma assembleia da ONU. “Esse episódio de um artista brasileiro investido de poderes representativos do Estado, como Ministro da Cultura, com o secretário-geral da ONU, protagonizando uma diplomacia criativa, estabelecendo uma conversa no campo internacional, tudo isso se perdeu”, lamentou.
ANTIVACINA
Ao El Periódico, da Catalunha (na Espanha), Gilberto Gil denunciou o negacionismo de Bolsonaro ao ser indagado sobre a vacinação no Brasil. “Já passamos um pouco [dos 50% da vacinação da população vacinada]. Estaríamos melhor se não tivéssemos um presidente antivacina”, disse. “É duro ter um chefe de Estado que está contra a vacinação. Muita gente o tem como exemplo”, completou.
O músico falou que a pandemia trouxe muitas lições para a humanidade refletir. “Primeiramente, a consciência de cuidar da saúde é uma questão crucial, ainda mais devido à explosão demográfica do planeta. Como afrontar o mistério da natureza, com esses microrganismos desconhecidos. Outra lição muito importante é sobre a cooperação entre as pessoas. Como fazemos para sermos mais solidários”, afirmou.
Com informações da Revista Forum
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