Grande artista brasileiro, o baiano Gilberto Gil, mais uma ve, honra a Bahia em sua posse, nesta sexta (8), como membro da Academia Brasileira de Letras (ABL). Nascido em Salvador e agora imortal, Gil foi eleito por maioria de votos em novembro passado, quando a ABL foi reconhecida como “tradutora” do diálogo entre cultura erudita e cultura popular.
O cantor e compositor sucedeu a Murilo Melo Filho, que morreu em 2020. e deu o tom: “Poucas vezes em nossa história republicana escritores, artistas, produtores de cultura foram tão assediados e desprezados como agora. É preciso resistir”, disse Gil aos 79 anos em cerimônia na sede da ABL, no Rio de Janeiro.
Como sempre, mostrou seu otimismo com o País. “Independentemente dos tempos políticos sombrios em que vivemos, aposto na esperança contra a escuridão física e moral”, afirmou, lembrando que “a ABL tem a responsabilidade de fortalecer uma imagem intelectual do país que se impõe à área de oscurantismo, ignorância e demagogia de rasgos antidemocráticos”.
Depois do escritor e professor Domício Proença Filho, Gil é o segundo homem negro a integrar a Academia. Autor de sucessos como “Aquele Abraço” e “Expresso 2222”, Gil lançou 60 discos e obteve dois prêmios Grammy, além de cinco indicações.
Junto ao Caetano Veloso, Gil é um dos expoentes do “Tropicalismo”, movimento libertário que revolucionou a música brasileira na década de 1960. “O tropicalismo contempla e internacionaliza a música, o cinema, as artes plásticas, o teatro e toda a arte brasileira, e repugna à ditadura que comanda o país na época, por ambos terminarem no exílio”, destacou a Academia ao nomeá-lo.
com informações do R7 e Estadão
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