Mesmo com as pressões para a Petrobras reduzir os preços dos combustíveis, o presidente da empresa, general Joaquim Silva e Luna, declarou haver “zero risco” de controlar o preço de combustível no país. Durante entrevista à agência Reuters, ele ainda disse que precisará aumentar os preços do diesel e da gasolina de acordo com a política de paridade internacional.

“Não há nenhuma chance disso [controle de preços] acontecer. A Petrobras é uma companhia muito regulada, com regras de compliance. Nenhum conselheiro aprovará isso”, disse Luna. “A melhor forma de a Petrobras contribuir é pagando impostos, dividendos, royalties e criando empregos, não promovendo política social”.

Segundo dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP), desde março do ano passado, o preço do litro da gasolina disparou nos postos de combustíveis. O aumento em agosto deste ano fez o valor do litro ficar 32,9% acima do registrado em março de 2020. O preço médio de revenda no país subiu de R$ 4,46 para R$ 5,93. Todos os valores foram corrigidos pelo IPCA de agosto deste ano.

RESUMO DA ÓPERA – A Petrobras é a maior empresa brasileira, tem papel no desenvolvimento do Brasil e precisa ser dirigida observando o seu papel social. O Brasil é autossuficiente em petróleo, mas está com 40% da capacidade parados para refino de óleo diesel, gasolina e gás. Assim, tem que importar esses produtos dos EUA, em dólar. Com a desvalorização do Real, o resultado é a alta nos preços do combustível para o consumidor e no preço do botijão de gás para as donas de casa.