A fumaça proveniente das queimadas que têm atingido diversas regiões do Brasil está gerando grande preocupação entre ambientalistas, médicos e especialistas em saúde pública. O motivo do alarme são os gases tóxicos e as partículas finas presentes na fumaça, que podem causar sérios danos à saúde da população.
Entre os principais componentes dessa fumaça estão o monóxido de carbono (CO) e o material particulado fino (PM2.5), partículas minúsculas que permanecem suspensas no ar e são facilmente inaladas. Esses elementos são altamente prejudiciais e podem agravar condições respiratórias pré-existentes, como a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), além de aumentar o risco de doenças cardiovasculares. “Estamos vendo um aumento das hospitalizações por problemas respiratórios e cardiovasculares, e os efeitos a médio e longo prazo ainda não podem ser mensurados. Isso terá um impacto enorme sobre a economia da saúde”, alertou uma especialista.
Essa preocupação é corroborada por um relatório inédito da Organização Meteorológica Mundial (OMM), divulgado nesta quinta-feira (5), que aponta o agravamento dos riscos à saúde humana devido à exposição crescente a poluentes atmosféricos. Segundo o estudo, as concentrações de PM2.5, observadas até 2023, foram fortemente influenciadas por eventos extremos, como os incêndios florestais.
A fumaça das queimadas tem potencial para agravar ainda mais os problemas respiratórios e cardiovasculares no Brasil, especialmente em áreas urbanas já afetadas por altos índices de poluição. Especialistas pedem medidas urgentes para mitigar os impactos das queimadas e proteger a saúde da população, diante do aumento significativo de internações e dos efeitos a longo prazo que ainda são desconhecidos.
Com informações da OMM/G1
(Foto divulgação)
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