A direita bolsonarista tenta capitalizar com a fraude no INSS e parte da grande mídia esconde informações importantes. Fato é que a Operação Sem Desconto, desencadeada nesta quarta (23), mostra que o problema começou em 2019, no governo Bolsonaro (PL), que tinha como ministro da Justiça o hoje deputado Sergio Moro (União Brasil) e nada foi investigado.
No início do governo Lula (PT), o caso começou a ser investigado pela Polícia Federal (PF), segundo o Controlador-Geral da União (CGU), Vinícius Carvalho, para combater um esquema nacional de descontos associativos não autorizados em aposentadorias e pensões.
Outro fato é a constatação de que 9 das 11 associações investigadas foram criadas após a reforma trabalhista feita pelo ex-presidente Michel Temer (MDB), que desmontou a estrutura sindical e permitiu a pulverização de entidades representativas sem compromisso algum com os trabalhadores.
Das 11 investigadas, duas foram criadas em 2017 (governo Temer) e outras 7 durante o governo Bolsonaro, depois que o então super ministro da economia, Paulo Guedes, liberou a farra dos empréstimos consignados vinculados às aposentadorias e pensões, em 2020, na esteira da Reforma da Previdência.
Gestão Temer
Ambec (2017)
Conafer (2017)
Gestão Bolsonaro
AAPB (2021)
AAPEN (anteriormente denominada ABSP) (2023)
AAPPS Universo (2022)
Unaspub (2022)
APDAP Prev (anteriormente denominada Acolher) (2022)
ABCB/Amar Brasil (2022)
CAAP (2022)
Apenas duas foram criadas antes da reforma e são vinculadas ao movimento sindical: a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), fundada em 1963, e o Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi), ligado à Força Sindical.
com informações da Revista Fórum
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