Mesmo sendo constante, a mistura de gêneros musicais em eventos nos festejos juninos recebeu críticas do tradicional forrozeiro baiano Zelito Miranda. Em 1991, quando a mistura de ritmos não era habitual, ele resolveu temperar o forró com axé, MPB e até mesmo rock n’roll.
Considerado o Rei do Forró Temperado (nome do novo trabalho), Zelito mudou o jeito de fazer forró e por pouco não se tornou arquiteto ou jornalista. “Quando eu cheguei aqui [Salvador], queria fazer arte, não importava a qual, eu tinha que estar no meio artístico. Fiquei 10 anos fazendo teatro, fiz dois longas e quando passou isso tudo quis fazer música. Eu fui para MPB nordestina e consegui gravar meu primeiro LP aqui na Bahia e esse LP me gerou uma viagem com Belchior de 27 show pelo Brasil, onde conheci a galera de trio elétrico”, lembra.
O cantor conta que o convite para fazer um disco só com músicas de forró surgiu de um amigo e que nesse trabalho, decidiu incluir as influências que tinha de trio elétrico, samba reggae e axé. Miranda disse ao site Bahia Notícias que é averso a introdução de artistas de outros segmentos musicais nas festas de São João. “Acho que é importante que essa tradição seja mantida, eu sou averso a essas tiradas porque não funciona. São João é uma festa que tem gastronomia, indumentária, música, dança… Mas essas misturas são inevitáveis”.
Zelito completa 13 anos do evento Forró no Parque neste ano. Para comemorar o retorno das atividades após a pandemia, o tradicional forró ganhou três edições: abril, maio e junho. O forrozeiro preparou uma festa especial no dia 12, Dia dos Namorados, às 11h, no Largo Pedro Arcanjo, no Pelourinho. “Tem que chegar muito cedo, vamos dançar forró temperado até as 15h, aguardo vocês!”, conclamou.
com informações do Bahia Notícias
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