Em meio às polêmica sobre as emendas parlamentares no Congresso Nacional, o ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a execução de emendas de comissão já empenhadas para garantir o mínimo constitucional de gastos com a saúde. Ele solicitou e a Advocacia-Geral da União (AGU) indicou a necessidade de R$ 2,1 bilhões, sendo R$ 370 milhões relativos às emendas, R$ 40,5 milhões de emendas propostas pelo Senado e R$ 330 milhões pela Câmara Federal.
“O empenho de novos recursos em ações e serviços públicos de saúde deverá girar em torno dos R$ 2,1 bilhões. Deste modo, mantida a determinação de cancelamento dos valores empenhados em emendas de comissão após 23/12, constata-se, portanto, a impossibilidade de alcance da aplicação mínima em saúde”, indicou a AGU ao STF.
Dino avaliou que, diante dos dados apresentados pelo poder executivo, é adequada e necessária a continuidade da execução de emendas de comissão, exclusivamente as despesas com saúde estabelecidas pela Constituição Federal. “Vale realçar que esse fato mostra uma preocupante dependência de gastos vinculados a emendas parlamentares, que – por sua configuração atual – não se articulam com ações planejadas nas instâncias de direção do SUS [Sistema Único de Saúde]”, escreveu na decisão.
O magistrado também acrescentou: “Ao contrário, tem prevalecido nas emendas o caráter fragmentário, inclusive sem levar em conta indicadores sanitários objetivos, além dos terríveis casos de improbidade já identificados ou ainda em investigação”.
com informações da Agência Brasil
Compartilhe no WhatsApp
Comments