A Polícia Federal deflagrou, nesta quinta (25), uma operação que investiga a formação de uma organização criminosa responsável por estabelecer uma “estrutura paralela” dentro da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). O objetivo do grupo era monitorar ilegalmente autoridades públicas e outras pessoas sem a devida autorização judicial. O principal alvo é o ex-diretor da Abin no governo Jair Bolsonaro e atual deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ).
Segundo a PF, vários casos teriam recebido interferência da Abin, ]atuando para defender os interesses dos familiares de Jair Bolsonaro. Entre as acusações estão episódios como o monitoramento do então governador do Ceará, Camilo Santana (PT), ataque às urnas eletrônicas e ao sistema eleitoral brasileiro e interferências na investigação de um caso criminal envolvendo Jair Renan Bolsonaro, além do já mencionado relatório de defesa para uso de Flávio Bolsonaro.
ENTREGOU O PAI
Durante entrevista à GloboNews, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) buscou defender o pai, Jair Bolsonaro, diante das acusações. Porém, acabou confessando a existência da estrutura ilegal. Questionado sobre o assunto pela jornalista Andreia Sadi, Flávio tentou negar, mas confirmou que seu pai consultava membros de uma estrutura paralela no governo por, supostamente, não “confiar” na Abin.
“Ele não confiava nas informações que tinha lá. A gente tem que ter o mínimo de razoabilidade. Não sei quem ele consultava, mas certamente não era a Abin. Ele não tinha 100% de confiança do que vinha da Abin”.
com informações da Revista Fórum
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