Mesmo que o pior tenha passado, os casos da Covid-19 vêm aumentando significativamente nas últimas semanas. Agora, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) identificou 25 casos da variante XQ no Rio Grande do Sul. O estado é o primeiro onde há transmissão local desse vírus, que é uma mistura do genoma de duas linhagens da variante Ômicron: BA.1 e BA.2.
A cepa XQ tinha sido detectada em casos isolados em Santa Catarina, São Paulo e Minas Gerais. Porém, as ocorrências no Rio Grande do Sul foram identificados em diferentes cidades, entre março e maio.
Paola Resende, pesquisadora do Laboratório de Vírus Respiratórios e do Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), diz que, até o momento, não há indícios de que o vírus esteja associado a maior gravidade da Covid-19. Ela credita isso ao fato de que a população apresenta bons índices de vacinação e muitos já foram expostos a infecções prévias. Contudo, disse que é necessário monitorar a evolução dos casos.
VÍRUS SURPREENDE
A Ômicron responde, atualmente, por quase a totalidade dos casos de Covid no Brasil, com predominância das linhagens BA.1 e BA.2 e suas sublinhagens. Segundo Paola Resende, o coronavírus tem trazido surpresas a cada momento. Ela explica que a recombinação pode ocorrer quando uma pessoa é infectada simultaneamente por duas linhagens.
Nessa situação, pode acontecer a montagem de um genoma com pedaços do código genético de diferentes linhagens. Essa recombinação pode resultar em cepas com potencial de disseminação maior, menor ou igual às linhagens originais.
com informações da Revista Fórum
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