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Fernanda Torres vence Globo de Ouro; filme dá “tapa na cara” de golpistas

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Foto: g1 / Reuters

Nada melhor do que começar o ano no Brasil com a vitória do cinema brasileiro no Globo de Ouro. Superando estrelas como Angelina Jolie, Nicole Kidman e Tilda Swinton, Fernanda Torres levou, neste domingo (5), a estatueta de melhor atriz em Filme Drama por sua atuação em Ainda Estou Aqui, dirigido por Walter Salles. A emocionante performance da atriz encanou a crítica internacional.

Ao falar, a brasileira destacou a história e o trabalho do diretor. “Meu Deus, eu não preparei nada, porque não sei se estava pronta. Esse foi um ano incrível para os desempenhos de atrizes, tantas atrizes aqui que eu admiro tanto. E, claro, quero agradecer ao Walter Salles, meu parceiro, meu amigo. Que história, Walter”, disse.

Ela dedicou o prêmio à mãe, Fernanda Montenegro, que foi indicada ao mesmo prêmio há 25 anos por sua atuação em ‘Central do Brasil’. “E, é claro, quero dedicar esse prêmio à minha mãe. Vocês não têm ideia, ela estava aqui há 25 anos, e isso é uma prova que a arte dura na vida, até durante momentos difíceis pelos quais a Eunice Paiva passou e com tanto problema hoje em dia no mundo, tanto medo. Esse é um filme que nos ajudou a pensar em como sobreviver em tempos como esses. Então, para a minha mãe, para a minha família, para o Andrucha, para o Selton, meus filhos. E para todos, muito obrigada ao Globo de Ouro, Michael Parker, Mara, tantas pessoas. Muito obrigada!”, enfatizou.

“TAPA NA CARA” DA DITADURA E GOLPISTAS

A vitória de Fernanda Torres em um filme que aborda um período sombrio do Brasil dá um “tapa na cara” da ditadura militar e dos golpistas atuais. A história é inspirada no livro do jornalista e dramaturgo Marcelo Rubens Paiva, publicado em 2015. Na obra, ele fala sobre os terrores enfrentados por sua família durante a ditadura militar brasileira. E faz um relato sobre o assassinato de seu pai e a busca incessante de sua mãe pelo companheiro.

Em 1971, Rubens e Eunice foram presos junto de Eliana, a filha mais velha. Enquanto a primogênita foi solta na manhã seguinte, a mãe de Marcelo passou 12 dias retida. Já Rubens, desapareceu. Livre, Eunice Paiva iniciou uma busca pelo paradeiro de seu marido, solicitando diversas vezes ao governo brasileiro que investigasse o desaparecimento do engenheiro civil. A resposta chegou depois de mais de 4 décadas, quando em 2014, a Comissão Nacional da Verdade, responsável pela investigação dos desaparecimentos, confirmou a morte de Rubens Paiva, em janeiro de 1971, após ser torturado.

com informações do g1 e Revista Fórum

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