Este domingo (11) é muito especial para quem é mãe e que, merecidamente, receberá carinho e presentes. É dia de reverenciar mulheres que superam dificuldades, sendo mães, com dupla jornada de trabalho, ocupando espaços e ajudando a construir um país como o Brasil. O Peleja pesquisou e mostra como elas são responsáveis por indicadores importantes.

Segundo o último Censo IBGE, quase a metade dos lares brasileiros é chefiada por mulheres. Saltou de 38,7% em 2010 para 49,1% em 2022. Elas são maioria nas universidades, representando 57,5% dos estudantes do ensino superior. De acordo com a Organização dos Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura, 72% das produções cientificas do Brasil são realizadas por mulheres.

Dos mais de seis milhões de profissionais da saúde (do setor público e privado) 65% são mulheres. No SUS, tanto nos serviços básicos quanto na gestão do Sistema, também são protagonistas.

Na política, dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostram que 52,6% dos eleitores brasileiros são mulheres. Considerando eleitores com nível superior completo, mulheres também são maioria (60%). E houve crescimento da representatividade feminina na política. Nas eleições de 2022, a bancada feminina na Câmara dos Deputados aumentou 18%. Atualmente, as mulheres representam 15% das cadeiras.

DESAFIOS

Essa melhora em vários indicadores é fruto de anos de luta feminista e dos movimentos sociais, que ganharam a sociedade para causas importantes das mulheres brasileiras. Mas, os desafios são grandes. Atualmente, ganha destaque o fim da escala 6×1 com redução da jornada de trabalho sem redução salarial. Permitirá que as mulheres possam seguir trabalhando, porém com mais tempo para se desenvolver em outras áreas.

Outra luta importante é pela aplicação, na prática, da Lei 14.611/2023 do governo Lula (PT), a Lei de Igualdade Salarial. Ela visa garantir a igualdade salarial entre homens e mulheres na mesma função ou trabalho de igual valor, sem distinção de sexo.

Conquistar mais creches também contribuirá para elas possam trabalhar com mais tranquilidade, sabendo que seus filhos estarão sendo cuidados. Em 2023, cerca de 2,3 milhões de crianças de 0 a 3 anos não conseguiam acessar creches, por falta de vagas ou dificuldades de acesso.

O combate à violência também está entre os desafios atuais para as brasileiras. O Brasil é o quinto no ranking mundial de violência contra a mulher. É preciso mudar essa realidade com mais Delegacias Especializadas (DEAMs), novas Varas Especializadas para acelerar o julgamento dos criminosos e mais centros de referências e abrigos para as vítimas de violência ficarem longe dos agressores.