Após dois anos, o “fantasma” do miliciano Adriando da Nóbrega volta a rondar o governo Bolsonaro. Um áudio divulgado, nesta quarta (6), pela Folha de S.Paulo mostra a irmã do miliciano acusando o Palácio do Planalto de oferecer cargo pelo assassinato do ex-capitão do Bope que integrava o grupo armado da milícia de Rio das Pedras.
Daniela Magalhães da Nóbrega chora ao dizer para uma tia que o irmão, que chegou a ser homenageado pelo clã Bolsonaro e teve a esposa empregada no esquema de rachadinha comandado por Fabrício Queiroz no gabinete de Flávio Bolsonaro (PL-RJ), “já era um arquivo morto”.
“Ele já sabia da ordem que saiu para que ele fosse um arquivo morto. Ele já era um arquivo morto. Já tinham dado cargos comissionados no Planalto pela vida dele, já. Fizeram uma reunião com o nome do Adriano no Planalto. Entendeu, tia? Ele já sabia disso, já. Foi um complô mesmo”, afirmou Daniela, revelando um possível conluio acertado por Bolsonaro para assassinar o ex-capitão do Bope.
A gravação foi captada em uma escuta telefônica pela Polícia Civil do Rio de Janeiro há cerca de dois anos. A ligação aconteceu dois dias após a morte de Adriano em uma operação policial na Bahia, onde ele estava foragido.
“Ele falou para mim que não ia se entregar porque iam matar ele lá dentro. Iam matar ele lá dentro. Ele já estava pensando em se entregar. Quando pegaram ele, tia, ele desistiu da vida”, disse Daniela. Minutos depois, a mesma tia, cujo nome não foi identificado, comenta com outra irmã do ex-PM, Tatiana: “Daniela sabe de muita coisa, hein?”.
com informações do BNews
Compartilhe no WhatsApp
Comments