Mesmo com toda a documentação em dia, idosos denunciam que não conseguem se aposentar pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Segundo fontes ouvidas pelo Metrópoles, um dos principais motivos para isso é uma defasagem no corpo de funcionários do órgão, o que deixa “escapar” erros em meio à alta demanda de serviços.
Dados fornecidos pelo Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário (IBDP) mostram que, até novembro, o total de requerimentos das aposentadorias em análise chegou a 559,9 mil. O número considera as aposentadorias por idade e por tempo de contribuição. No total, a fila de requerimentos de benefícios em análise é de 1,838 milhão.
Em 20% dos casos, o problema está na hora de entrega dos documentos ao INSS. No entanto, quando isso não ocorre, e os aposentados acabam caindo na fila de espera sem motivos, a autarquia deve pagar com juros o atraso. A medida foi oficializada em portaria publicada no Diário Oficial da União em setembro.
ABANDONO
Fontes da própria autarquia, que preferiram não se identificar, revelam que a situação no INSS está “caótica” devido a um forte encolhimento no quadro de funcionários. O órgão negocia, inclusive, a transferência de mil trabalhadores da Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária) para auxiliar no atendimento a beneficiários da Previdência Social.
“O governo abandonou os órgãos públicos. Está tudo desmontado. O último concurso foi realizado em 2015 no governo Dilma. De lá para cá, também morreu muita gente por causa da Covid-19, outros se aposentaram, servidores mais novos foram pra outros órgãos. Está sem servidor”, afirmou um funcionário. De 2016 até este ano, foi registrada uma queda de 10 mil funcionários. O quadro de pessoal do INSS caiu de 33 mil para 23 mil no período.
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Com informações do Metrópoles
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