A maior desmoralização de uma autoridade pública é pedir sacrifício para a população e não fazer o mesmo. O presidente Jair Bolsonaro pediu os brasileiros economizarem energia, inclusive deixando de usar elevadores e apagando um ponto de luz da casa.

Mas, a Presidência da República gastou mais eletricidade nos últimos meses. É o governo do faça o que eu digo, mas não o que faço. No período entre junho e agosto, o consumo dos palácios e prédios ligados à Presidência subiu 6% em relação ao mesmo período de 2020: de 2.219.442 quilowatt-hora (kWh) para 2.335.881 kWh.

Os dados são do Portal de Dados Abertos, do governo federal, e incluem todo o complexo do Palácio do Planalto, onde o presidente trabalha, e as residências oficiais do Palácio da Alvorada e da Granja do Torto.

Em agosto, o presidente Bolsonaro editou um decreto determinando uma meta de redução do consumo de energia no governo federal entre setembro de 2021 e abril de 2022. Os órgãos públicos terão que reduzir o consumo de 10% a 20% em relação à média dos mesmos meses dos anos de 2018 e 2019, anteriores à pandemia.

Com informações do G1