Estudo da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), a partir dos dados da Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), mostra que as exportações baianas se mantiveram estáveis no primeiro semestre de 2024. O valor chegou a US$ 5,162 bilhões (R$ 27,9 bilhões). O volume embarcado foi 10,7% inferior no comparativo interanual, mas foi compensado pela valorização dos preços dos produtos, que subiram, em média, 12,7%.

Junho fechou com vendas ao exterior de US$ 718,8 milhões, se destacando o setor de cacau e derivados, com vendas de US$ 68,7 milhões (incremento de 300%); e o algodão, com receitas de US$ 37,4 milhões (crescimento de 147%), todos no comparativo interanual. No semestre, o principal destaque foi a valorização de produtos da indústria extrativa, em 73,5% (minérios e metais preciosos); da indústria de transformação (10,3%); e dos agropecuários (6,1%), compensando boa parte da queda registrada no volume exportado, principalmente dos produtos industriais (-16,7%).

Entre os segmentos, o de soja e seus derivados manteve a liderança com 36,8% dos embarques, o equivalente a US$ 1,13 bilhão (22% do total exportado pelo estado no semestre). Houve recuo, em comparação ao primeiro semestre de 2023, em 11,4%, por conta da redução dos preços, em média, de 16,3%. As cotações do grão decrescem desde meados do ano passado, reflexo das boas perspectivas para a safra 2024/25 nos Estados Unidos.

Os melhores desempenhos também ficaram com segmentos da agroindústria: algodão, que cresceu 282%; café e especiarias (59%); e derivados de cacau (82%), no comparativo interanual. Todos têm previsão anual de aumento na produção.

IMPORTAÇÕES

Segundo o estudo, as importações baianas no semestre alcançaram US$ 5,55 bilhões (R$ 30 bilhões), aumento de 17,1 % no igual período do ano passado. Esse crescimento foi puxado por combustíveis e bens de consumo. Em volume, a entrada de bens aumentou 30,8% na mesma base de comparação. Em junho, pelo quinto mês consecutivo, as importações registraram crescimento, desta vez de 29,1%, atingindo US$ 819,3 milhões.

com informações da SEI