Matéria exclusiva do site Metrópoles mostra que, durante uma discussão em um grupo de economistas, o ex-presidente da Petrobras Roberto Castello Branco afirmou que devolveu seu celular corporativo à estatal, ao deixar o comando da empresa. No aparelho havia material que, segundo ele, poderia incriminar o presidente Jair Bolsonaro (PL). A conversa ocorreu em troca de mensagens ao longo do sábado (25).
Castello Branco debatia com Rubem Novaes, ex-presidente do Banco do Brasil, sobre a elevação do preço dos combustíveis. Novaes então diz que o colega economista ataca a atual gestão do governo federal. “Se eu quisesse atacar o Bolsonaro não foi e não é por falta de oportunidade (sic). Toda vez que ele produz uma crise, com perdas de bilhões de dólares para seus acionistas, sou insistentemente convidado pela mídia para dar minha opinião. Não aceito 90% deles [dos convites] e quando falo procuro evitar ataques”, retruca o ex-presidente da estatal.
“No meu celular corporativo tinha mensagens e áudios que poderiam incriminá-lo. Fiz questão de devolver intacto para a Petrobras”, concluiu Castello Branco, sem entrar em detalhes sobre quais crimes seriam e estariam registrados no aparelho.
PSICOPATA
Em outro trecho, Castello Branco classifica Bolsonaro como “psicopata” ao relatar uma teoria conspiratória que teria sido dita a ele pelo chefe do Executivo federal. “Já ouvi de seu presidente psicopata que nos vagões dos trens da Vale, dentro da carga de minério de ferro vendido para os chineses, ia um monte de ouro”, afirmou. Castello Branco tinha assumido o comando da empresa justamente depois de trabalhar por 15 anos na Vale, onde foi economista-chefe e diretor de relações com investidores.
O Metrópoles entrou em contato com Roberto Castello Branco. Ele afirmou que não iria falar sobre o assunto, mas não negou a veracidade da conversa. “Se nunca comentei, não vou comentar agora. Até porque me desfiz das provas”, respondeu ao questionamento da reportagem. Rubem Novaes também disse que não comentaria a troca de mensagens, porque ela aconteceu em um grupo fechado, e também não negou a autenticidade da discussão.
com informações do Metrópoles
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