Responsável pelo X (antigo Twitter), Elon Musk começa a ver que fazer tipo de “fanfarrão arrogante” não intimida ninguém, especialmente na Europa. “Se Elon Musk não cumprir as regras europeias sobre serviços digitais, a Comissão Europeia pedirá aos operadores continentais que bloqueiem o X”.

A declaração é do líder da União Europeia, Sandro Gozi. Nesta segunda (19), o jornal italiano La Repubblica publicou entrevista com o político, deputado francês do Parlamento Europeu, em que ele enquadra o bilionário.

Fato é que o americando Elon Musk tem causado problemas não apenas no Brasil, mas em vários onde desrespeita as leis e permite proliferação de fake news, discurso de ódio e conspirações golpistas de extrema direita em sua rede social.

Sandro Gozi, do mesmo partido do presidente francês Emmanuel Macron, destacou na entrevista que “a violência online sempre leva à violência offline” e que “a extrema direita esconde a sua violência por trás da liberdade de expressão”.

MULTAS CONTRA DESINFORMAÇÃO

É com o conceito distorcido de “liberdade de expressão” que Musk desafia o Judiciário brasileiro e ataca o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro aplicou multas ao X por a plataforma se recusar a deletar publicações e contas de investigados nos inquéritos das fake news e da tentativa de golpe de Estado, onde a rede social estaria sendo utilizada para cometer crimes, planejar ou incitar crimes.

Há uma semana, Thierry Breton, Comissário Europeu para o Mercado Interno e Serviços, alertou Elon Musk sobre a necessidade de cumprir as obrigações legais previstas pela Lei de Serviços Digitais (DSA) do bloco. Desde dezembro do ano passado, a rede de Musk está sob investigação da Comissão Europeia por descumprimento da DSA, devido ao incentivo à desinformação.

Arrogante e se colocando acima dos países, Musk respondeu atacando o comissário europeu com um meme do filme satírico norte-americano “Tropic Thunder”. “E literalmente f*da-se você”, dizia a frase na imagem compartilhada pelo bilionário.

com informações da Revista Fórum